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terça-feira, 26 de julho de 2016

Marcas que passaram



"Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos."
Oscar Wilde
*******

Nós estamos vivendo tempo difíceis, ímpares.


Desde a virada do milênio temos estado a lidar com energias sutis muito diferentes do que estávamos acostumados e com as quais nossos antepassados lidaram de forma quase inconsciente, onírica.


Hoje entrei em contato com uma sabedoria que desde 1999 tem cruzado o meu caminho mas, por um motivo ou por outro não pude me dedicar a conhecê-la: 

O Calendário Maia. 


Devo dizer antes que a grande âncora de minha sanidade mental foi conhecer, naquele tempo, a existência dos Índigos. Foi esse saber que acredito ter sido o responsável por aquela enxurrada de saberes ter se tornado somente uma Bipolaridade e não demência total.


Mas como tudo o que é para ser seu torna à você em outros tempos, 

buscando a correta assimilação 

o Conhecimento Ancestral Maia voltou ao meu caminho muitas vezes 

ao longo desses mais de quinze anos.


E novamente hoje.


E hoje ele cabe direitinho dentro dessa coleção de saberes que estão há mais de vinte anos habitando meu coração e mente.


"In Lak' Ech! 
Eu sou você e você sou eu.
O que você faz aos outros, você faz a você.
Como você ajuda os outros, é como você se ajuda.
Quando você ajuda os outros, é quando você se ajuda.
Nós estamos todos conectados debaixo do Sol."



Essa expressão Maia significa justamente o mesmo que outras expressões que tenho estado a repetir desde o século passado. 

Namastê!, 

Swásthya!, 

Salve Jáh!, 

Somos Todos Um!, 

Aloha! 

e outras tantas ligadas ao esoterismo 

e à religiões e filosofias das mais diversas.


O amálgama da compreensão é que os maias consideravam a existência de outras energias, 

com e sem existência física, 

no sentido de corporeidade física. 

Então hoje tudo fez sentido. 


É isso. 

Eu sou você e você sou eu. 

Eu posso ver isso e reconhecer você em mim e, às vezes, eu em você. 


O triste é que um diagnóstico de bipolaridade não me concede crédito acadêmico suficiente para enveredar por essa área e buscar, como psicóloga que sou, uma harmonia e uma conscientização nos relacionamentos baseada nesse saber e passei a última década tentando provar essa nova base dos relacionamentos interpessoais. 

Hoje desisti de lutar e graças a Jáh! essa nova forma de comunicação voltou a andar comigo.


Então vamos lá, vamos voltar e reinventar a roda e esperar em Jáh! que essa repaginada não torne novamente em uma roda quadrada.


Outro saber que recebi, de uma criança-grande, índigo de nascença e gentil por perseverança própria e pessoal, foi a Psicologia de Michel Foucault. A Luta Interna do Homem com o Poder e seus reflexos na vida social.


Foucault se encaixa e serve bem para contextuar o nosso relacionamento atual com essas energias que, dizem os astrólogos, pertencem à influência planetária de Urano, Netuno e Plutão. A gente nem tinha ainda aprendido a lidar com as energias de Júpiter!


Pois é assim: além de todas as lutas internas e externas com nossos quereres e saberes, com a influência social, biológica e emocional de nossa ancestralidade estamos agora a lidar com essas "novas" energias academicamente definidas como "densas". Elas não são densas são intensas. E você não as escolhe - é escolhido por elas. É estranho mesmo.


E é nessa estranheza que entra Michel Foucault. Há uma luta. Uma luta mesmo, de poder, de posse. O processo de subjetivação do sujeito busca incansavelmente algumas delas e luta fervorosamente contra algumas outras. E nós não nos reconhecemos mais enquanto o sujeito que fomos há dez anos atrás. Mas reconhecemos claramente quando "eu não sou você".


Eu já tinha me acostumado a ser você, a ver você em mim e me ver refletida


em você. E fazem só dez anos que percebo isso tão claramente. E acabou.


Agora nós somos passagem! 


Por motivos pessoais, nossos, na maioria das vezes, nos tornamos passagem. 


Mas não passagem livre.


É esse o desabafo!


O processo de subjetivação é visível mas não em sua totalidade. Você se torna o outro. Posso ver e até nomear quem, na maioria das vezes. 


E não sou eu. 


Então o passo seguinte, e óbvio, é que eu não faço parte. Não nessa sociedade entre você e o outro.


E além de ter que suportar a sua ausência tenho também que lidar com o troféu de vencedor da disputa impresso na cara do outro. No sorriso. Nos olhos.


É a morte. E morro muitas vezes num mesmo dia.


É estranho! E não passa! E se repete, repete e repete à cada situação, a cada projeto, à cada nova necessidade.


É estranho por que não é uma separação. Não. A gente continua junto. Posso ver isso, às vezes. É estranho por que não é uma briga, uma busca por conciliação. É como um jogo de cartas onde cada um escolhe os parceiros e nela eu não faço parte.


Muito estranho! E mais ainda por não termos tido, no passado, a noção do tamanho do espaço-tempo que ocupávamos na vida, na subjetivação do outro, na parceria.


O mais triste nesse momento é o dilema: por mais de trinta anos estivemos reafirmando nosso compromisso de estarmos juntos e se hoje eu não te reconheço ou se não gosto, não aceito o que vejo, o que nos resta?


E é assim no café da manhã, na chegada à noitinha, na cama, no banho. Estranho e complicado.


Complicado por que por fora é sempre você, mais ou menos você pois até isso é visível: ligeiras mudanças físicas, olhares, sorrisos, palavras mas é sempre você, nunca é o The Rock! 


Complicado por que percebo o interno e seu reflexo no externo.


In Lak' Ech! 
Eu sou você e você sou eu!


Com isso, entendi agora, eu já estava acostumada há muito tempo! Mas hoje você não é só eu. 


Você é seu pai, meu pai, minha mãe, nossos filhos, amigos, parentes, gente que nem conheço, pessoas que desconheço totalmente. 


Energias e personalidades mil. 


Suas escolhas. 


Minhas escolhas.


Perdi de vista as nossas escolhas e não aceito muitas das suas.


Então tenho que olhar bem para você, reafirmar para mim mesma que você ainda é você mesmo e que nesse momento, por motivos pessoais seus ou até nossos, estás a dar passagem, vazão, a comportamentos, ideologias ou temperamentos não habituais.


Eu sei. A culpa é do congelamento que a gente faz das pessoas dentro de um formato que a gente mesmo formatou. A persona que elegemos para o outro.


Então eu te pergunto: mudei eu ou mudou você?


Fiquei mais fina, mais pontual? Sou capaz agora de perceber insinuâncias que me passaram desapercebidas por anos e anos? Ou sou eu que estou a dar passagem, vazão, à emocionalidades antes desconhecidas, inconscientes?


Ou ambos? 


Descobrimos juntos a falácia da subjetivação, do subjetivador? Deixamos de nos reafirmar à cada manhã?


Complicado!


Tenho saudades! Saudades do que éramos quando juntos estávamos e conseguíamos rir um da cara do outro. Tenho saudades dos outros também!


Para todo o lado que olho só enxergo trabalho, trabalho e gente salvando o mundo e dinheiro faltando em todos os bolsos e escolhas, escolhas e escolhas. E formatadores de ações, de comportamentos, de pensamentos, de ideias.


E aqui chegamos ao ponto crucial do nosso relacionamento inter pessoal: o seu formato me alucina e o meu formato, ou ausência dele, te faz voltar a ser o homem das cavernas.


O que você faz aos outros, você faz a você.
Como você ajuda os outros, é como você se ajuda.
Quando você ajuda os outros, é quando você se ajuda.
Nós estamos todos conectados debaixo do Sol.


Tudo tem sido diferente, essencialmente diferente, para você e para mim. 


O o que, o como, o quando e a conexão. 


E não há maneira de sabermos quem está com a razão. 


E essa diferença entre as metodologias está na base da questão e se esconde aos nossos olhos nas raras vezes em que conseguimos sentar e conversar à respeito. 


Nem o dinheiro aparece e nem a vida fica cor-de-rosa. E o relacionamento inter pessoal vai se desgastando, os humores se inflamando e a solidão se instalando. 


Coitados de nós!


E o mais engraçado é que a gente se acha. Eu te procuro e vejo você lá. Dentro de si mesmo.


A gente não se encontra ou raramente se encontra 

mas a gente se acha e então dá dó. 


Dó de ter falado palavras duras, de ter dormido separado embora juntos, remorso de ter ficado de cara virada, "de mal".


É tão engraçado que dá vontade de chorar!!!


É cíclico! Desesperador! Cumulativo! Insano!


Engraçado também é que embora tudo isso seja a mais pura expressão da verdade dos sentidos físicos as verdades internas não mudaram.


In Lak' Ech! 
Eu sou você e você sou eu.


Então só nos resta reinstalar o sistema e encontrarmos uma saída para isso de não estar bom nem para um nem para o outro. 


A cada dia reafirmarmos o Nós. 


Seja qual for a escolha que cada um fizer isoladamente.


Afinal amar talvez seja amar as escolhas do outro. Respeitá-las e considerá-las tão inteligentes quanto as nossas próprias.


E conseguir contornar as carências afetivas pessoais, nossas e dos outros.


Curar feridas e construir pontes.


Agora passou! Obrigada por ouvir o desabafo.


É sempre assim. Desespero. Insanidade. Lucidez. Relembrança.


Essa fenda sempre me pega a cada vez que se abre.


Essa Falha de Santo André no sistema emocional não só californiano,


mas humano, no geral.


In Lak' Ech! 
Eu sou você e você sou eu.


Nós somos Um!


E às vezes ainda somos uma multidão.


Meu Universo é você, sou eu, somos nós.


Mas às vezes ele é um Multiverso onde o que impera são as noções, emoções, sensações, adquiridas no passado, quando ainda não éramos Nós.


Desculpe-me!


E preocupe-se!


Temos que rearranjar as coisas. Muitas delas estão no-bom.


Mas a gente vai se falando. A cada vez que nos virmos.


Encontremo-nos então.


Nesse fds, em Sampa


ou em algum outro dia


e lugar


que Jáh! haverá de prover.


Luz & Consciência Para Nós,


Razão para quem estiver com a razão,


Sabedoria para quem tiver que fazer escolhas e


Amor para quem tiver que aceitá-las e/ou acatá-las.


VSO.

❤ ❤

"Eu quero ver quem é capaz de fechar os olhos e descansar em Paz. 

Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra... 

Isso não é uma questão de opinião. 

Isso só é uma questão de opinião" 

- Pitty -

💓 💓
Você é nosso espelho. 
Eu sou seu espelho. 
O amor que sentimos por Nós e um pelos outros,
 é o amor que sentimos por nós mesmos. 
Portanto, o que há de mais natural do que a paz, o amor,  o respeito, a prosperidade entre nós?  Nós somos uma Unidade 
feita e preenchida por nós mesmos.


VSO.

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