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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Sobre fazeres & atitudes


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Uma ação é apenas o ato em si. Uma atitude é uma postura interna que qualifica um ato. Ela é um estado que produz toda uma mudança de percepção e mente.

Horácio R. L. Frazão


Minhas ideias não estão só no campo das idéias. Estão postas em prática em ações do dia-a-dia.

  Victor Santos Oliveira



Não sabemos, ainda, realmente 

o que é ação. 

Nós vivemos, ainda,

no modo reação. 

Nossos atos

são baseados em fazeres.

O mote da ação,

de cada ato,

é o fazer.

Fazer algo para fazer algo.

Ação é fazer alguma coisa e/ou algo.

Atuar é imprimir personalidade à ação.

Agir é fazer atuando.

Atos são atitudes,

são ações auto-explicáveis,

anônimas no fazer

e significantemente conclusivas.

Ações envolvem gostar ou não gostar

de fazer;

poder ou não poder

fazer algo.

Atos são ações praticadas independentes

de qualquer questão pessoal ou interna;

são ações praticadas independentemente

do querer, do gostar, do estar disposto,


A qualidade da ação é alcançada

quando o fazer e o agir-fazendo

são sustentados

pela qualidade do ser,

pela postura de quem transforma

pensamentos, sentimentos,

emoções e ideias

em ações diárias.

Atos são fazeres:

feitos por que precisa ser feito.

Atos são saberes:

fazeres feitos quando necessário for.

Atos são expressão do viver social:

ações feitas por quem sabe que qualquer um pode faze-las.


VSO.

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Saúde Mental Social


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Agora, 

passados 16 anos,

e a bipolaridade,
 
eu penso que:

 assim como na vida nós nos percebemos, 

percebemos ao outro,

percebemos o mundo e a vida, 

sempre, 

como opções e caminhos diversos;

assim nos descrevemos a nós mesmos, 

ao mundo, à vida. 

Assim é com a mente. 

Então vamos esperar que aqueles que, bravamente, se dedicam, 

estudam e pesquisam, 

definam e nos deem as tão necessárias 

respostas e definições para:

 O QUE É A MENTE? COMO FUNCIONA A MENTE HUMANA? 

O QUE É O MENTAL? O QUE É O MENTAL HUMANO?

 Esperemos que nos tragam essa definição 

e nos engajemos nós também nessa busca 

assim como buscamos "quem somos nós? de onde viemos? para onde vamos? 

isso aqui é tudo o que temos? tudo o que nos resta?"

Quem somos nós é a nossa questão filosófica fundamental.

 "o que é a mente? 

o que é mental humano? 

o que são pensamentos? 

como pensamos? 

como é e o que sentimos?" 

são as nossas questões fundamentais

 enquanto organismos sociais.

Viver em sociedade é descrever um mundo em comum, 

um espaço social, 

é na rua que a gente se percebe diferente ou igual, 

é no meio de gente, entre pessoas que nos definimos, 

por comparação, por associação e outras medidas, 

sociais todas. 

Até o louco que se mede por medidas próprias é sano, 

plenamente inserido no social e no meio das gentes 

só chama a atenção por sua "genialidade", "criatividade" ...

A psiquiatria atende, ampara, medica e conduz o biológico, o fisiológico, 

aquela configuração do pensar e agir que pode ser tratada, 

dentro dos limites médicos, dentro dos limites 

mas é sempre à partir de uma queixa 

e a queixa é, quase sempre, em primeira instância, comportamental. 

Percebida socialmente e é bom que assim seja, é esse o caminho 

pois há muita loucura naquela parte da mente, 

naquele desconhecido ainda não conhecido, no indecidido, no incognoscível. 

No mistério. 

E é isso mesmo 

o receituário farmacológico psiquiátrico é sim uma bíblia 

e é também um dicionário e talvez venha a ser cartilha.


VSO.


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Futuro

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"Nunca devemos nos esquecer de que o futuro 
não é nem totalmente nosso, 
nem totalmente não-nosso, 
para não sermos obrigados a esperá-lo 
como se estivesse por vir com toda a certeza, 
nem nos desesperarmos como se não estivesse por vir jamais." 
EPICURO


Sim! 

Acredito que o futuro é um por-vir 

- quase-certo - 

in-certo, 

decerto um dia ele vem e pode ser nesse instante agora 

e, então, as primeiras linhas desse post já seriam passado.

"Nem totalmente não-nosso"

Pois como já disse um outro poeta-filósofo


"A vida não escapa daquele minuto na frente
Que corre demente junto do inocente presente."
Nação Zumbi 

E assim é. 

O futuro é tão presente em nossas vidas, 

em nossos arranjos, 

objetivos e metas 

que quando o vemos acontecer 

ele se nos é lembrado como sendo passado.

Passado o espanto somos capazes de nos lembrar

no futuro

que no passado o almejamos

e alcançamos

ou não.


VSO.


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Texto de Epicuro by: Literatura em Conta-Gotas


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terça-feira, 18 de abril de 2017

Saudade!



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Eu entendi isso também.

Tinha traduzido saudade como dor.

E é dor também.

Aquela dor que se sente no membro que já não se possui.

Uma amputação...

Mas porque será?

Nada se vai realmente ...

só muda de endereço

e alguns são bem longe

e outros bem inacessíveis agora

...

Pensei também que saudade é algo que se sente na hora da separação

então, no momento anterior, estávamos juntos

...

Então saudade é dor de arrependimento

Arrependimento por não ter percebido

A presença.

Não há perda na saudade.

O que há é ausência.

VSO.



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A Força

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A Força!

Eu Creio! 
Firmemente!

Não há como nem por que, 

eu acho

mas há um o que.

Há uma união, 

um congresso de forças, de poderes, de vontades.

à qual chamamos de A Força.

No mystery!

Mas há mister.

...

Há que se juntar a ela

estar com,

pertencer, permanecer 

e ficar à disposição

e estar à disposição

não do seu ou do meu propósito 

mas do nosso querer/fazer

...

As religiões

chamam essa união

Um Propósito Maior

Um Bem Melhor.

Um Bem Maior.

As Forças Armadas, os Exércitos a chamam

Um Mal Menor

para o Bem de todos

ou Um Bem Maior para todos.

E ela, A Força tem existência própria.

e é só nesse quesito 

que está o mistério

...

pois

se tudo deu certo:

A Força esteve comigo.

se tudo deu errado:

A Força esteve comigo.

se tudo deu certo ou se tudo deu errado

o meu propósito era o mesmo que o Dela?

o propósito Dela era também o meu?

...

Alinhamento!

eis o mistério de tudo o que é invisível

inodoro

imperceptível

e

incognoscível.

...

Que a Força esteja com todos nós!




VSO.

in memoriam de Millennium Falco


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Luto II

Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que ig... Frase de Ariano Suassuna.

REFLEXÃO EM FOCO - O que resta [ará] de nós?
texto de Talita Guimarães - Ensaios em Foco

“Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre. 
O que posso fazer agora? 
Somente seu enterro e rezar por sua alma.”
(Chicó em O Auto da Compadecida, obra de Ariano Suassuna)


Um dia você acorda e a primeira notícia que recebe é que alguém 
de quem gosta muito já não respira mais. 
Aí quem perde o ar é você, 
sufocado pela dúvida de como continuar vivo 
sabendo que alguém querido já não estará mais presente.

A morte caminha lado a lado com a vida 
e custamos muito a nos dar conta disso. 
Como se estivéssemos falando de um mal distante, 
tratamos a morte que vemos diariamente nos noticiários 
com a consciência de quem acredita 
que terá a chance de marcar a própria hora. 
Como se tivéssemos algum controle sobre o tempo que nos é dado... 
Isso para não falar do quanto desperdiçamos o convívio, 
do quanto sonhamos com futuros que podem não estar ao nosso alcance, 
do quanto dizemos não e empurramos para depois 
a vida que deve ser sentida a cada instante e não apenas planejada ano a ano. 
Volto ao início, à dúvida sufocante que surge quando vemos o tempo 
de alguém se esgotar irremediavelmente e me pergunto: 
estaremos vivendo muito mais em função 
de um tempo que ainda não nos foi dado? 
E o tempo que nos é dado de convivência com outros? 
O que nos resta quando pessoas que amamos vão embora antes de nós? 
“Somente seu enterro e rezar por sua alma”, 
como se resigna o personagem do genial livro do paraibano Suassuna? 
Haverá entre nós, a capacidade de deixar mais de si aos outros, 
aproveitar melhor o tempo presente? 
Como a tristeza que a morte traz pode se converter 
na consciência passageira 
de que não sentiremos mais o prazer da companhia gostosa 
da pessoa querida?

A morte lança mais perguntas sobre a existência do que a própria vida.

Esta semana perdi um tio. 
Há um ano e sete meses perdi minha avó. 
No mesmo período, a cultura perdeu Mestre Antônio Vieira. 
Falo em perder porque é esse o sentimento que surge 
quando alguém morre. 
Perdemos a presença, os sorrisos, os abraços, a voz, 
e a admiração ainda que silenciosa do jeito de ser das pessoas. 
Mas perdemos principalmente a chance 
de viver mais e melhor na companhia de quem se vai. 
Infelizmente, é a perda quem muitas vezes mostra 
o quanto alguém faz falta. 
Por isso a morte traz dor incalculável para a consciência. 
Choramos a ausência de uma segunda chance. 
Lamentamos o que não tem mais jeito. 
O que poderia ter sido e não foi. 
Culpamos a dinâmica da vida 
quando o erro é resultado das ações de quem vive.

Por tudo isso, não sou pessimista em relação à morte. 
Sou preocupada com os vivos. 
Com a forma como as pessoas vivem, 
as relações que estabelecem, 
as escolhas que fazem e que nunca dizem respeito apenas a elas. 
Afinal, as lições da humanidade não tem ensinado 
uma independência que possa planejar com absoluta certeza 
a hora de cada um deixar este mundo 
assegurando a felicidade de quem fica. 
Vivemos arriscando no escuro, 
no tempo que não temos. 
Ignoramos a margem de erro.

Na hora da morte é que vejo a importância da consciência em torno da vida. 
Quem morre, descansa. 
Quem vive, sofre. 
Mesmo sabendo que a morte é tão natural 
quanto o nascimento, sofremos a cada partida. 
Sendo assim, o que dizer para consolar 
alguém cuja dor parece mesmo incalculável? 
Coloquei-me diante desta questão a fim de resolvê-la. 
Sou altruísta. 
Não queria que a pessoa que ficou sofresse a dor inconsolável da perda. 
Queria poupá-la da inconformação, 
da revolta, da solidão. 
Conheci à perda da avó, 
a dor incalculável, revoltante, inconsolável 
e tive de buscar conforto sozinha. 
Não queria, desta vez, 
saber de alguém tendo reação parecida.

Penso que é a vida quem dignifica a morte. 
A mobilização diminui o sofrimento. 
O abraço conforta o corpo, 
o pensamento compartilhado, a alma.

Para tanto, precisei lembrar-me de apenas uma frase, 
sabiamente colocada por Antoine Saint-Exupery 
“Aqueles que passam por nós não vão sós, 
não nos deixam sós. 
Deixam um pouco de si, 
levam um pouco de nós”.

Curiosamente, há pouco tempo, conversava com uma amiga 
sobre o que as pessoas significam depois que morrem. 
Comentávamos o que cada um de nós é capaz de deixar 
às pessoas que vivem conosco. 
Perguntávamos-nos, a título de reflexão, 
o que deixaríamos hoje ao mundo caso partíssemos. 
Pendências ou boas lembranças? 
A certeza dos grandes amigos que fomos 
para quem pode desfrutar de nossa amizade 
ou a imagem de jovens que planejavam feitos promissores 
para um futuro que nunca chegaria? 
Feitos que não passariam de promessas, 
no caso de uma partida, 
assim, 
aparentemente do nada.

Lembrando do trecho de “O Auto da Compadecida”, 
quando o Chicó (interpretado espetacularmente no filme por Selton Melo) 
diz que a morte é um mistério do qual ninguém escapa, 
irremediável, 
porque tudo que é vivo morre
penso com mais certeza que enquanto estamos vivos 
é que precisamos pensar mais 
na forma como vivemos e nas escolhas que fazemos 
sem deixar passar as chances, os momentos, 
enfim, a vida que merece ser vivida. 
Para que além de aproveitarmos cada segundo 
"como se não houvesse amanhã" sejamos capazes de partir 
na hora que a matéria tiver de morrer sim, 
mas sem que a alma, a essência da vida, 
se perca junto. 
Porque sempre há quem fique e sinta 
que um pedaço de si já não existe mais. 
Mas se nesse momento, quem ficar 
sentir que enquanto vivos, tivemos momentos que valeram a pena, 
talvez a dor dos vivos em relação a morte 
não seja mais tão devastadora.

Quem somos e o que fazemos hoje, agora? 
Olhemos então para o que já deixamos para trás, 
o que já marcou nosso tempo de vida até hoje. 
O que ainda há para fazer? 
Quantos abraços, sorrisos, palavras e vivências 
ainda temos para dar às pessoas? 
O que ainda nos falta aprender, ensinar? 
Não há como saber quanto tempo ainda teremos. 
Chego a conclusão que este sim é o mistério. 
O desafio que separa a graça da vida da dor da morte.


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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Por um dia sem estupro

Dá para falar de estupro sem falar de sexo? de amor? 
Não. 
E isso faz toda a diferença. 
O estupro não é só violência e crime
é também sexo sem consentimento.

A letra da música Zero
de Liniker e os Caramelows é ótima 
pois ela consegue elaborar a sutileza do crescimento das necessidades individuais 
nos inter relacionamentos. 
A gente realmente fica mordido!!!

Mas e ai? Decepção faz parte do nosso desenvolvimento. 
Aprender a lidar com frustrações faz parte do nosso tão necessário aprendizado.
Mas quem ensina? 
A escola ensina? A família ensina? A sociedade ensina?

A nossa própria natureza nos ensina: 
- aprendemos desde cedo a “lamber as nossas feridas” 
e a “apertar o coração” para caber tudo lá dentro 
afinal nós não somos animais. 
Nós somos o topo do mundo 
e estamos no topo da cadeia alimentar 
e somos os responsáveis por tudo.

Mas decidimos que socialmente temos direitos e deveres 
e temos estado a lidar com esses conceitos
para que não venhamos a ser
como naqueles filmes de ficção científica 
onde as pessoas de um futuro fictício 
tomam medicamentos para “não sentir”, 
para não serem “governadas” pelas emoções.

A Cultura do Estupro é a cultura do social levada aos extremos. 
A sociedade invade a nossa intimidade individual até as vísceras, 
versando sobre o que devemos ou não comer, vestir, como ser e nos comportar. 
O indivíduo social invade uma pessoa, invade outro indivíduo, 
em muitos níveis e graus de violência e/ou sutilezas. 
Sutilezas.

É de sutilezas que o estupro é feito e aceito
e é por sutilezas que ele é justificado por muitxs
Sutilezas como olhares, gestos, roupas ...
e é por sutilezas sociais e familiares que ainda vive 
no seio da sociedade 
no século XXI. 
Assim como sutilezas sociais 
viabilizam a existência de outras violências
individuais, grupais, sociais:
violência policial, milícias particulares, tráfico 
de pessoas, de armas, de entorpecentes.

Sutilezas nos inter relacionamentos. 
Linha cruzada nos sinais sociais. 
Sutileza no trato com a violência sutil. 
E empate na guerra entre animal e humano, 
entre o individual e o social.

A gente fica mordido, não fica?
E quanto a gente aguenta reservar naquele cantinho do coração 
para mágoas e decepções, para rejeições e ignorâncias? 
E se a gente aguenta resistir àquele chamado do orgulho, da virilidade, 
da luxúria, do desejo serão sutilezas que darão permissão ao outro?

Em um inter relacionamento sexual 
quantas vezes a gente tem que resistir ao nosso “toque grosso”, 
ao nosso desejo de “transpassar” o outro 
como se o corpo fosse uma derradeira barreira para “sermos um só corpo e carne”? 
Quantas vezes temos que resistir ao desejo crescente de nos mostrarmos tal qual somos, 
sem ter que fazer “cara bonita” 
à cada sensação que o outro nos proporciona 
ou que proporcionamos a ele?

Onde se aprende a se inter relacionar com pessoas na cama? 
na medina? no templo? nas ruas? na escola? 
Onde se aprende inter relacionamentos sociais mentais? sensoriais? emocionais? racionais?

Só se aprende dentro de si mesmo, 
por acerto e erro, por aprovação e rejeição, por prêmio e recompensa.
E é nesse universo subliminar que o estupro encontra respaldo e até aceitação
para "corrigir", para "restaurar" a moral e os bons costumes

Só se aprende comparando resultados com os resultados obtidos por outras pessoas. Comparativamente. Estimativamente. Secretamente.
Publicamente só os ocorridos em ruas e becos
onde se julga mais o comportamento e a moral dxs agredidxs 
Silenciosa e secretamente ficam a maioria dos que ocorrem 
nas casas, escritórios, igrejas e tantas outras instituições.
E majoritariamente anônimos os que ocorrem dentro
dos relacionamentos social e religiosamente consagrados.

A Psiquiatria Forense versa sobre esse assunto.
Na doença e no crime.
Mas nos relacionamentos entre pessoas
onde entra a questão sexual?
Necessitamos de uma área dessas na Pedagogia e na Sociologia
Necessitamos definir o papel do sexo nos relacionamentos humanos.
Sexo com e/ou sem procriação,
Sexo com e/ou sem definição de gênero.

Precisamos lidar socialmente com as questões 
reservadas para "quatro paredes"
que possuem seus alicerces na ainda desconhecida natureza humana,
a humana natureza que,
herdamos de nossos ancestrais
humanos e animais - nem isso sabemos ao certo
pois quando falamos de sexo 
exaltamos a nossa origem divina
mas só o aceitamos para fins procreativos.

Para machos e fêmeas sexo é regido por hormônios, procriação e cio, 
adaptação e conservação da espécie 
e uma ou outra sutilezas referentes às espécies.

Para homens e mulheres o sexo é um pouco mais complicado 
pois além dos hormônios, do desejo e da procriação
acrescentamos sentimentos, sensorialidades, emoções
e toda a gama de aspectos individuais, familiares e sociais
da natureza e da psiquê humana que levamos conosco
em cada inter relacionamento.

E há aqueles para quem sexo não é uma questão 
É um encontro entre duas pessoas, 
um inter-relacionamento sem compromisso 
de tempo nem de idade.
onde a questão “nossas diferenças” já foi resolvida e aceita

Estupro é crime e é um problema social.
Sexo sem permissão é dolo, é crime e é um problema social.

O estuprador é um estuprador ao praticar o crime
e não ao comprar o pão na padaria,
ao depositar seu salário na sua conta empregatícia
ou ao receber a sua passagem no ônibus.
É neurótico? Sim!
A sociedade é neurótica também
quando finge que não vê o que anda pelas ruas
quando classifica aquilo que vê
e quando ignora e/ou segrega aquilo que existe
e que as ruas estão mostrando.

A SOCIEDADE NECESSITA CRIMINALIZAR O QUE CRIMINALIZA O INDIVÍDUO.

ASSÉDIO É CRIME.

SEXO SEM CONSENTIMENTO É CRIME.

ESTUPRO É CRIME.

INDEPENDENTE DO GÊNERO DA PESSOA.

POR UM DIA SEM ESTUPRO!

VSO.
in memoriam de Dandara



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O Tenebroso Mar

Aquilo que é aguda e finamente percebido 

desperta em nós o dom. 

O medo incomensurável do dispensador invisível 

invisivelmente 

gera a tomada de consciência 

dos meus erros e enganos.

Depois de um rápido mergulho no vazio 

percebemo-nos 

novamente 

out of control, 

submergidos no grotão do mar de emoções incomensuráveis 

e infinitamente profundas.

O dom despertado é saber a hora de zarpar. 

De abandonar esse tenebroso mar 

para só retornar a ele 

quando as reservas de vida tiverem sido reabastecidas.


VSO.
in memoriam de Hancock

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Tempo passado

Eu passei.

Passou. 

Nem seu nome deixou... 

Por onde andei, por onde andou, 

só a dor ficou.

Tento avaliar, 

validar as horas passadas 

mas torno a nós... 

Parece que nesse local não se permanece muito tempo são. 

A consciência se esvai... 

Deixo de ser eu... 

Deixas de ser você... 

E em nós não há o que fazer,

Nós é tempo... 

Tempo passado... 

Tempo futuro ...


VSO.







Cara Bonita, Cara Feia


Cara bonita é coisa feia de se ver. Cara feia é bonito de ver.

A alma cala. A dor não sara.

Se a dor sarou porque a cara não consertou?

Dizem que a carne não conserta as marcas da dor, nem da alegria também. 

Se não tem conserto porque se usa o verbo consertar?

Cara bonita é tão manjada que todo mundo sabe que é feia. 

Se feia é porque ainda chama "cara bonita"?

E cara feia o que é?

Cara feia é cara de quem mostra fora o que tem dentro.

É feio isso?

No fim só sabe mesmo a razão do certo/errado, bonito/feio

quem mostra a cara

E quem bate na cara de quem mostra a cara é uma pessoa muito feia e deseducada.

Agora, eu, perdi esse tempo na poeira da estrada.

Aprendi isso quando já tinha muitas marcas no rosto

Então hoje, quando mostro a cara, alguém sempre me fala:

Que cara feia é essa menina?

E eu digo:

- Meu lindo rosto, feito do que a vida fez comigo e do que eu fiz com aquilo que a vida me fez.

E eu me acho linda. Mais por dentro do que por fora.

É que cirurgia não é mesmo uma das minhas primeiras prioridades.

Tenho andado muito ocupada arrumando dentro umas coisas muito feias de se mostrar por fora

E, por hora, nem sei mesmo se são

Cem por cento minhas essas tantas marcas

Penso que vivi tão pouco para ter tantas marcas

A aprendi na vida que quando dentro há sol brilhante

e luz da aurora

A cara brilha, as marcas somem e a dor

realmente sara.


VSO - in memoriam de Storm