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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Debruçando-se sobre o ócio

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Nós nos comunicamos em várias camadas
A contar do chão da realidade
Nesse chão em que somos visitados pela dor e pelo infortúnio
Baseamos naquilo que nos dá maiores alegrias,
maiores tristezas, maior sofrimento.
Cremos em algo mais real 
do que alguma outra coisa
e nessa base difinimos
o que é ou não real.
Mas há o outro.
A conta que não fecha.
Cotidianamente confrontamos a nossa realidade
com a realidade do outro
e nos equalizamos e equalizamos o outro,
e equalizamos os outros e por eles somos equalizados.


Somente no caos podemos coexistir compartilhando realidades, nossas diferenças.


Somente no caos, na ausência da hierarquia e da ordem,
podemos co-existir e co-criar
como Si Mesmos, como Personas e em Coletivos.


VSO.

debruçando-me sobre o ócio
ATOS, outubro/2017

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Recapitulação - Um treinamento da Espreita do Si Mesmo

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Da pessoa que eu fui pouco resta

mas lembrei-me agora de quem eu era.
É estranho isso ...
Ter sido antes alguém que já não se é
e ser agora alguém que já se foi.


Ainda ando por ai sendo as duas personas,

personas sim, agora sei ...


Sei que, em breve, mais uma vez, deixarei de ser.

É para isso que me preparo agora,
para vir-a-ser.


Ainda sou mestre e aprendiz, 

professor e aluno.
Ainda debato-me com algumas questões ...
mas sei melhor agora o que antes olvidava.


Caio ainda, por breves momentos,

mas me lembro ou então lembram-me os outros ...
aqueles a quem amei e os que ainda amo.


Reconcilio-me e brigo ainda.

Caio e recaio em antigas armadilhas
mas encontro-me inteiro, centrado e pleno de desejo
e vontade desse alguém que serei
nas condições que ainda desconheço.


Sei mais de Paulo do que de Pedro

e nessa condição sou mestre
e ainda aprendo.


Sei menos de Pedro do que de Paulo

e nessa condição eu mereço.



VSO.

in memorias de V.S.G.


ATOS, 04.Outubro.2017 - Tatuí/SP.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

O Valor da Vida

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"... há um problema filosófico 
verdadeiramente sério: é o suicídio.
Julgar se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma questão fundamental da filosofia. 
O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou dez categorias, vem depois.
São apenas jogos: primeiro é necessário responder."




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Há uma parábola budista muito interessante sobre o valor da vida:
Um monge conservava uma xícara de chá ao lado de sua cama, e, toda noite, antes de dormir, ele a emborcava. Ao acordar, ele tornava a virá-la, deixando-a em sua posição convencional. 
Quando um intrigado discípulo lhe perguntou o porquê daquele gesto, o monge explicou que, simbolicamente, esvaziava a xícara da vida todas as noites, 
(...) "


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O Valor da Vida

Eu penso em uma pedra, numa montanha
o que é vida?

Penso em um vegetal, numa flor, em brócolis
o que é vida?

Penso em um animal, num pet, em dinossauros
o que é a vida?

Penso em mim, nos meus filhos e netxs
o que é a vida?

Não sei, imagino, elaboro, filosofo mas não sei
ela é o sangue? os ossos?
ela é os nossos laços herdados, os laços adquiridos?
ela é o tempo de vida?
Eu não sei.

Como podemos então falar sobre a vida do outro,
sobre o valor da vida do outro?

Valor é preço? é consideração? é valia?
é comparação?

O valor da vida é o valor que se dá à vida?
Minha, do outro, da raça, do gênero?

Penso realmente que essa questão é fundamentalmente
de cunho religioso
e político
pois do ponto de vista pessoal,
da pessoa,
do indivíduo,
não se poderia avaliar o valor da vida
de toda uma vida vivida
ou inteiramente a ser vivida.


Não é possível por que para cada um a vida é uma infinidade
de possibilidades a serem vividas,
é uma eternidade 
de tempo não calculável para infinitas oportunidades.

O que existe de desconhecido nesse mundo que seja mais valorizado
do que a vida?
Não sabemos o que ela é, não a definimos,
não totalmente.
Extrapolamos o valor de cada parte
e valorizamos, mais ou menos, a soma de tudo.

Isso tudo nos diz a razão mas ao pularmos essa parte,
ao deixarmos de lado a ausência de definição
do que é a vida e de qual o valor que ela possui,
nós a sentimos.

Sentimos?
Sentimos o pulsar da vida, sentimos a ânsia da vida por si mesma,
nós a sentimos?
Sentir define o que é vida? Sentir dá valor à ela? A valoriza?

Eu sinto, Tu sentes, Ele sente. Nós sentimos?
Ela sente?
Sentiu os dinossauros, o brócolis, o mico-leão dourado?
Ela me sente? Sente a Síria, o Líbano, sente Guantánamo?

Não totalmente.
Ela, a vida, assim como nós, sente a si mesma mais intensamente
mais valiosamente, mais cara.

A relação de valor entre a vida e nós 
é diferente da relação entre nós e a vida.

E é isso o que é valor - o peso que tem para cada um.
Individualmente.

Coletivamente não é possível haver um consenso
só um acordo
uma imposição
uma definição vertical
pela impossibilidade de medição
de definição
racional e científica
tal qual o é a sociedade.

Somos pó?
Somos alento?
Somos células? Átomos? Um embrião?
Somos Poeira das Estrelas?
Somos pensamento, uma ideia na mente de Deus?
Somos razão, mente, consideração?

Não sabemos 
Escolhemos a nossa definição
(inclusive o nosso não saber)

Da nossa escolha vem o valor da vida

O valor da vida tal qual nós a definimos
Individualmente

E extrapolamos para os valores sociais
da sociedade que gostaríamos de ter/ser

Eu gosto de pensar que a vida é o mesmo que o sentido dela
O sentido da vida nós o possuímos.
Sabemos o que é,
nós o sentimos em nós, na Natureza.
Percebemos o sentido da vida 
ciclicamente
como as estações do ano, 
como os humores naturais, elementais, temporais.

Eu gosto de pensar que ela não é alguma coisa
É mais como se fosse alguém

Eu gosto de pensar que
a vida é o sentido que preenche tudo
o que existe
e o que não existe também.
Ela é sagrada assim como sagrado é tudo o que existe
e o que não existe também.
Ela é viva assim como é vivo tudo o que existe
e o que não existe também.
Eu gosto de pensar que a vida é maior do que ela mesma
assim como nós.

E gosto de pensar que ela nos possui
assim como nós a possuímos
e que quando nós nos apartamos dela
ela se aparta de nós
e que quando ela se aparta de nós
nós já não a possuímos.


VSO.

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quinta-feira, 1 de junho de 2017

A mobilidade corporal do Ser


Move your body - Sia 


Poetry on your body 

You got it in every way 

and can't you see it's you I am watchin' 

I am hot for you in every way 

And turn around, let me see you 

Wanna free you with my rhythm 

I know you can't get enough 

When I turn up with my rhythm 

Your body's poetry, speak to me 

Won't you let me be your rhythm tonight? 

Move your body, move your body 

I wanna be your muse, use my music 

And let me be your rhythm tonight 

Move your body, move your body 

Your body's poetry, speak to me 

Won't you let me be the rhythm tonight 

Move your body, move your body 

I wanna be your muse, use my music 

And let me be your rhythm tonight 

Move your body, move your body 


(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 

(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 

(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 

(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 


Poetry in your body 

Got me started, it'll never end 

Feel my rhythm in your system 

This is heaven, I'm your only friend 

Feel the beat in your chest 

Beat your chest like an animal 

Free the beast from its cage 

Free the rage like an animal 

Your body's poetry, speak to me 

Won't you let me be your rhythm tonight? 

Move your body, move your body 

I wanna be your muse, use my music 

And let me be your rhythm tonight 

Move your body, move your body 

Your body's poetry, speak to me 

Won't you let me be your rhythm tonight? 

Move your body, move your body 

I wanna be your muse, use my music 

And let me be your rhythm tonight 

Move your body, move your body 


Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh 

Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh 

Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh 

Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh 


Your body's poetry 

Move your body for me 

Your body's poetry 

Move your body for me 

Me, me, me, me, me, me, me 

Your body's poetry, speak to me 

Won't you let me be your rhythm tonight? 

Move your body, move your body 

I wanna be your muse, use my music 

And let me be your rhythm tonight 

Move your body, move your body 

Your body's poetry, speak to me 

Won't you let me be your rhythm tonight 

Move your body, move your body 

I wanna be your muse, use my music 

And let me be your rhythm tonight 

Move your body, move your body 


(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 

(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 

(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 

(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 

(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 

(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 

(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 

(Oh-oh-oh, oh-oh-oh, oh, oh...) 






quarta-feira, 17 de maio de 2017

Um novo "olhar" para a realidade

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Ao desejar mudanças 

precisamos "olhar o mundo com outros olhos".

Olhar e perscrutar a realidade.

 Pessoas diferentes relatam de maneira diferente os mesmos acontecimentos.

Descrevem diferentes versões sobre a mesma realidade.

Então chegamos a um momento muito especial. 

Olhamos o mundo.

 Ao olhar o mundo vemos, sentimos e percebemos sempre as mesmas coisas, os mesmos acontecimentos. 

Sempre o mesmo sempre.

Olhos sociais, familiares. Olhos antigos. 

Antigas descrições da realidade que há muito não são mais questionadas.

Descrições tão abrangentes, olhares tão largos, que a nova passa despercebida.

Nada muda, nunca.

Nós percebemos o mundo e descrevemos a realidade  

 Baseados no que enxergamos.

No que percebemos.

Naquilo que entendemos.

Enxergar, perceber e entender são funções aprendidas socialmente, familiarmente.

E a descrição que fazemos de nós mesmos também é social, familiar.

 Deixar de ser o ser social que somos é entrar em alinhamento com o que realmente somos.

Alinhamento com a nossa natureza real

Livre dos conteúdos de “eu preciso ser assim” para existir no mundo. 

Para ser aceito.

Ser si mesmo.

Ser indivíduo. Singular.

Plural ante a diversidade do mundo.

"Evoluir é voltar ao seu estado natural de Ser" 
 Horácio Frazão

Ser indivíduo é olhar o mundo com olhos vivos 

sabendo que ele é novo a cada dia.

Olhos pessoais e próprios que enxergam o mundo a partir de um centro natural.

Esse centro natural é a nossa natureza real e natural.

Um centro de paz e harmonia.

Como quando éramos crianças 

e ainda havia no mundo muitas coisas a serem vistas.

A serem compreendidas. A serem vividas.

Ser si mesmo é mudar o canal no qual o observador opera.

Mudar o canal pelo qual nós entendemos, enxergamos e sonhamos.

O mundo e o nosso papel e lugar nele.

Nós somos o epicentro. 

A realidade gravita ao nosso redor. 

Voltar ao nosso estado natural é diminuir a velocidade da observação 

tempo suficiente para podermos ver e conceituar o que estamos vendo.

É ver. Não é preconceber. Não é julgar. É só olhar e ver.

E esperar que a informação, nova, sem pré-conceitos, chegue 

ao nosso centro natural.

Dentro desse centro natural e harmônico essa informação nós dará 

um novo conhecimento.

E esse conhecimento nos mostrará o que há de novo no mundo.

Um universo de infinitas possibilidades, de infinitas informações 

não conceituadas, não formatadas.

Um universo de infinitas descrições de mundo. 

De realidades esperando serem colapsadas.

Quando mudamos o mundo não muda.

Ele permanece.

Nós mudamos a maneira de descrevê-lo por enxergá-lo de modo diferente.

E ao enxergá-lo de modo diferente nós mudamos o mundo.

Colapsando realidades antes inexistentes.

Tornando reais e prováveis realidades antes despercebidas.


"Vença o medo da rejeição
e quem você realmente é virá para fora.
Este será o seu alfa e omega. "
Horácio Frazão


Nós entendemos o mundo olhando para trás, para o passado.

Nós só conseguimos viver o presente olhando para frente 

e na frente está o futuro.

A melhor versão da realidade. A melhor versão de nós mesmos.

Presente e futuro construídos e criados à partir de um novo olhar para o mundo.

Feitos de possibilidades e probabilidades reais.

Individuais. Únicas.

Uma vida extraordinária 

em um mundo encantador 

novo a cada olhar.


VSO. 


Colégio Escola Arcoverde - Vilma dos Santos de Oliveira - 

https://colegioescolaarcoverde.blogspot.com.br/


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As Laranjeiras em Flor

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Hoje as laranjeiras amanheceram em flor

tudo salpicado de branco

e o perfume se espalhando em derredor.


Hoje as laranjeiras amanheceram em flor

e o perfume

espalhado pelo ar, à distância

mudou aquele pedaço de mundo.


O perfume das laranjeiras que amanheceram em flor

mudou todo o pomar

mudou as ruas ao redor

mudou minha manhã.

Minha mente ficou clara

meu peito relaxou

a alegria me invadiu

tudo pelo perfume das laranjeiras que amanheceram em flor.


Amanhã

se não houver vento forte

elas ainda estarão lá

e novas alegrias me encontrarão.


E depois

quando as flores das laranjeiras se forem

virão

as jabuticabeiras, as jaqueiras, as mangueiras ....



Nunca duvide de que a única coisa realmente importante na vida é o amor dado e recebido. Todo o resto é efêmero, feito de sonhos, ilusão de grandeza de nossa personalidade finita.



VSO.

para Dani - poema de 2011


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Tudo Passa

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Tudo passa!

Deixe ir!

Tudo passa e tudo sempre passará!

Deixe ir!

Não prenda!

não se prenda!


Não prenda os paradigmas de final de caminho!

Não se prenda a paradigmas de final de caminho!


Eles passam!

Você passa!

Nós passamos!

Todos sempre passarão!

Nós sempre passaremos!

Tudo passa e tudo sempre passará!


Portas passam! Sempre passam ...

Janelas passam! Sempre passam ...

Janelas, Portas e Muros! Tudo passa ...


Deixe ir!

Não se prenda a nada!

Nada dura para sempre e tudo sempre passará!

Tudo passa e tudo sempre passará!


Isso também passará!

Deixe ir!

A liberdade que se dá a algo é o instrumento certo da medida

da passagem.


VSO.

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terça-feira, 16 de maio de 2017

Pertencimento

Preciso hoje definir a palavra pertencimento.

O que significa pertencer à uma pessoa?

O que significa pertencer à algum lugar?

O que significa pertencer à uma família?

O que significa pertencer à um grupo?


Pertencimento me parecia ser

reconhecer a minha presença

em alguém, em algum lugar ...

Mas será mesmo?

Isso de me ver refletida em alguém,

em algum lugar,

não diz mais respeito à mim do que ao outro?


Preciso de uma palavra

que defina

o fazer parte de algo e/ou de alguém

do outro para mim

e não ao contrário

de mim para o outro

como sugere a palavra pertencimento.


Encontrei a palavra descaber

como antônimo de pertencimento

e encontrei também

individualismo

e exclusão.

Essas palavras são boas 

estão no sentido da minha busca

falam do outro em relação à mim

elas me dizem aonde ou em quem

eu não caibo.


Individualismo também não me serve

ele significa o movimento contrário

ao que busco

e adjetiva uma opinião do outro

em relação à mim.


Exclusão talvez sirva

depois que a palavra que busco ter sido encontrada

pois exclusão fala de futuro e de passados.


Preciso de uma palavra que signifique

debalde todos os sinais

e discursos

que eu não faço parte

do outro (do ponto de vista dele)

e/ou de algum lugar


E exclusão me parece ser

no momento

uma palavra apropriada

pois se eu pertencesse

sei a diferença que seria

eu a reconheceria.


Pertencimento é o que necessito

no momento

me ver refletida no outro

em alguém

nesse lugar


Pertencer 

Não por que eu me vejo

mas por que o outro me reflete.


VSO.




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