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quarta-feira, 30 de maio de 2018

COMPREENDENDO ONDE ESTAMOS - James Redfield

UM UNIVERSO MATERIALISTA
A primeira imagem científica abrangente de como esse mundo exterior funcionava foi
criada por Sir Isaac Newton, que reuniu as opiniões dos primeiros astrônomos num modelo de
universo estável e previsível. A matemática newtoniana sugeria que o mundo macro operava
segundo leis naturais imutáveis, que poderiam ser utilizadas em aplicações práticas.
Descartes já tinha proposto que o universo em sua inteireza — a órbita da Terra e outros
planetas ao redor do Sol, a circulação da atmosfera como padrões meteorológicos, a
interdependência das espécies animais e vegetais — funcionava em conjunto como uma
grande máquina cósmica, ou um mecanismo, sempre confiável e totalmente despido de
influência mística.
A matemática newtoniana parecia provar isso. E uma vez estabelecida na física essa
imagem holística, todos acreditaram que as outras disciplinas da ciência precisariam apenas
fornecer os detalhes, descobrir os miniprocessos, as engrenagens e as molas que faziam
funcionar o grande relógio. À medida que isso começava a ocorrer, a ciência foi ficando cada
vez mais especializada em sua maneira de mapear o universo físico, retalhando-o em
subdivisões cada vez menores e detalhando a nomenclatura e a explicação do mundo à nossa
volta.
O dualismo cartesiano e a física newtoniana estabeleceram uma posição filosófica que
foi rapidamente aceita como a visão reinante na era moderna. Essa visão advogava ainda um
ceticismo empírico, dentro do qual nada no universo deveria merecer crédito se a sua
existência não fosse provada, sem sombra de dúvida, através de uma experiência quantitativa.
Acompanhando Francis Bacon, a ciência tornou-se cada vez mais materialista e
pragmática em sua orientação e afastou-se cada vez mais das questões mais profundas da vida
do propósito espiritual da humanidade. Quando eram pressionados, os cientistas referiam-se
a uma idéia deísta de Deus, uma divindade que primeiro colocou o universo em
funcionamento, deixando-o depois a funcionar por meios totalmente mecânicos.

A Visão Celestina - James Redfield

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